Nos últimos meses, muito tem se falado sobre um empreendimento que será instalado em Caieiras. Segundo a incorporadora e construtora Camargo Corrêa, o projeto promete erguer outra “Caieiras” em nossa cidade. Eu, particularmente, venho acompanhando pela mídia a divulgação do empreendimento com um certo ceticismo. Claro que nem eu, nem ninguém deve se opor ao progresso e evolução da nossa cidade, no entanto, a propaganda que vem sendo feita é de uma Caieiras que não existe. Um oásis, que nem eu nem você, amigo leitor, conhece.
Em matéria divulgada pelo Jornal O ESTADO DE SÃO PAULO, no último dia 5, uma das frases que mais me assustou, foi de que Caieiras é uma das cidade mais desabitadas da Grande São Paulo. No mesmo texto, fala-se sobre a densidade demográfica de nossa cidade, que não chega a 800 habitantes por quilometro quadrado, comparando com a cidade de São Paulo, que contabiliza, num mesmo espaço, 14 mil habitantes. Vamos às vacas-frias, Caieiras tem uma imensa área verde de propriedade da Cia Melhoramentos, e ao menos que haja alguma tribo indígena escondida entre as árvores reflorestadas pela companhia, acho que não mora ninguém nessas regiões. Portanto, estas áreas não deveriam constar para efeitos de amostragem populacional, no entanto, se levarmos em consideração a área urbana de nossa cidade, talvez não chegaremos aos 14 mil habitantes por quilometro quadrado da cidade de São Paulo, mas teremos um número muito maior do que o que foi divulgado pela incorporadora.
A área comprada pela Camargo Corrêa tem cerca de 5,2 milhões de metros quadrados, pertenceu à Companhia Melhoramentos e é utilizado para reflorestamento. Segundo o material divulgado na impressa, serão erguidos prédios de quatro a seis andares, além de residências de baixo custo e com isso pretende-se aumentar a população da cidade em cerca de 80 mil habitantes.
Outro fator preocupante é de que o Plano Diretor da cidade de Caieiras, elaborado em meados de 2006, que restringiria esse tipo de empreendimento, ainda não foi votado pela Câmara Municipal, sendo assim, a Lei de zoneamento em vigor em nossa cidade é de quase 30 anos atrás, onde a realidade caieirense era muito diferente da que vemos agora.
Assusta-me também o fato da prefeitura desconhecer a magnitude desse projeto. Parece até que a incorporadora vem agindo a revelia, sem revelar detalhes do projeto a ninguém nem mesmo à administração de nossa cidade.
Como disse anteriormente, não sou contra o progresso de nossa cidade, mas você leitor, que espera cerca de 30 minutos em um ponto de ônibus para pegar sua condução até o trabalho, e na maioria das vezes tem que viajar de pé, no ônibus superlotado por cerca de 2 horas, ou ainda disputar quase que no tapa um lugar dentro de um dos ultrapassados trens da CPTM, imagine mais de 80 mil pessoas nessa mesma condição. Com certeza, no quesito transporte, um colapso estaria muito próximo.
Com a propaganda que vem sendo feita, com certeza compradores não faltarão, mas será que a nossa cidade, Caieiras, precisa de mais uma cidade? Hoje é tão difícil para a administração pública manter toda a estrutura em pleno funcionamento. Eu particularmente creio que, à longo prazo, esse empreendimento irá gerar um déficit muito grande nas áreas da educação e saúde, mesmo sendo anunciado que a incorporadora irá construir toda a infraestrutura necessária, caberá à alguém administrar, um exemplo de como isso não é fácil, é o Hospital público municipal, que a duras penas, será inaugurado nos próximos dias. Pois é, como diz um amigo meu, o papel aceita tudo, só espero que esse tipo de empreendimento não venha prejudicar a saúde de nossa cidade.
Uma certeza que tenho, é de que esta não é a Caieiras onde eu gostaria de criar meus filhos, pois pelo que vejo, a nossa cidade passará de uma cidade tranqüila e pacata, a um depósito de gente.
Em matéria divulgada pelo Jornal O ESTADO DE SÃO PAULO, no último dia 5, uma das frases que mais me assustou, foi de que Caieiras é uma das cidade mais desabitadas da Grande São Paulo. No mesmo texto, fala-se sobre a densidade demográfica de nossa cidade, que não chega a 800 habitantes por quilometro quadrado, comparando com a cidade de São Paulo, que contabiliza, num mesmo espaço, 14 mil habitantes. Vamos às vacas-frias, Caieiras tem uma imensa área verde de propriedade da Cia Melhoramentos, e ao menos que haja alguma tribo indígena escondida entre as árvores reflorestadas pela companhia, acho que não mora ninguém nessas regiões. Portanto, estas áreas não deveriam constar para efeitos de amostragem populacional, no entanto, se levarmos em consideração a área urbana de nossa cidade, talvez não chegaremos aos 14 mil habitantes por quilometro quadrado da cidade de São Paulo, mas teremos um número muito maior do que o que foi divulgado pela incorporadora.
A área comprada pela Camargo Corrêa tem cerca de 5,2 milhões de metros quadrados, pertenceu à Companhia Melhoramentos e é utilizado para reflorestamento. Segundo o material divulgado na impressa, serão erguidos prédios de quatro a seis andares, além de residências de baixo custo e com isso pretende-se aumentar a população da cidade em cerca de 80 mil habitantes.
Outro fator preocupante é de que o Plano Diretor da cidade de Caieiras, elaborado em meados de 2006, que restringiria esse tipo de empreendimento, ainda não foi votado pela Câmara Municipal, sendo assim, a Lei de zoneamento em vigor em nossa cidade é de quase 30 anos atrás, onde a realidade caieirense era muito diferente da que vemos agora.
Assusta-me também o fato da prefeitura desconhecer a magnitude desse projeto. Parece até que a incorporadora vem agindo a revelia, sem revelar detalhes do projeto a ninguém nem mesmo à administração de nossa cidade.
Como disse anteriormente, não sou contra o progresso de nossa cidade, mas você leitor, que espera cerca de 30 minutos em um ponto de ônibus para pegar sua condução até o trabalho, e na maioria das vezes tem que viajar de pé, no ônibus superlotado por cerca de 2 horas, ou ainda disputar quase que no tapa um lugar dentro de um dos ultrapassados trens da CPTM, imagine mais de 80 mil pessoas nessa mesma condição. Com certeza, no quesito transporte, um colapso estaria muito próximo.
Com a propaganda que vem sendo feita, com certeza compradores não faltarão, mas será que a nossa cidade, Caieiras, precisa de mais uma cidade? Hoje é tão difícil para a administração pública manter toda a estrutura em pleno funcionamento. Eu particularmente creio que, à longo prazo, esse empreendimento irá gerar um déficit muito grande nas áreas da educação e saúde, mesmo sendo anunciado que a incorporadora irá construir toda a infraestrutura necessária, caberá à alguém administrar, um exemplo de como isso não é fácil, é o Hospital público municipal, que a duras penas, será inaugurado nos próximos dias. Pois é, como diz um amigo meu, o papel aceita tudo, só espero que esse tipo de empreendimento não venha prejudicar a saúde de nossa cidade.
Uma certeza que tenho, é de que esta não é a Caieiras onde eu gostaria de criar meus filhos, pois pelo que vejo, a nossa cidade passará de uma cidade tranqüila e pacata, a um depósito de gente.
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